domingo, 30 de março de 2014

Infográfico: Pesquisa TIC/Educação/Professores

Desde 2011, o Centro de Estudos Sobre as TIC realiza anualmente a pesquisa TIC Educação. Em 2012, foram entrevistados 1.592 professores de português e matemática, numa amostra de 856 escolas públicas situadas em áreas urbanas por todo o Brasil. Alunos, diretores e coordenadores pedagógicos também participaram. 


De acordo com este infográfico, a maioria dos professores concorda que:
  1. As TIC ampliam o acesso a recursos mais diversificados e de melhor qualidade;
  2. As TIC colaboram para que os educadores passem a adotar novos métodos de ensino;
  3. As TIC são instrumentos que facilitam o cumprimento das tarefas administrativas;
  4. As TIC são usadas para ampliar o trabalho colaborativo com outros colegas da mesma escola;
  5. As TIC servem para articular contatos com professores de outras escolas e com especialistas de fora da escola;
  6. As TIC servem para a realização de avaliações mais individualizadas dos estudantes  
Uma das conclusões que se depreendem desses resultados é que as TIC podem ser potencializadas para a inovação das metodologias de ensino, com ênfase na personalização das relações de ensino-aprendizagem e no trabalho colaborativo.

Porém, a personalização das relações de ensino-aprendizagem e o trabalho colaborativo dependem de horizontalizar mais as hierarquias e descentralizar a tomada de decisão, para privilegiar a autonomia do trabalho dos professores.

Autonomia no trabalho significa liberdade pessoal para desempenhar funções e papéis de formas personalizadas, únicas e diferenciadas. Os profissionais esperam ter maior liberdade e controle sobre suas ações, inclusive para determinarem individualmente como, onde e, algumas vezes, quando o trabalho acontecerá.

Dentre outros aspectos, autonomia é dar condições para que professores possam priorizar e determinar o ritmo de suas atividades, alocar recursos, planejar e agendar tarefas, além de determinar seus próprios métodos de trabalho. 

Os educadores poderiam formar equipes autônomas ao redor de tarefas ou temas interdisciplinares, escolherem caminhos próprios e independentes de aprendizagem para sua contínua formação, além de compartilharem suas responsabilidades com outros professores, dentro e fora da escola. Essas condições para a autonomia aumentam o comprometimento, o senso de responsabilidade individual e a satisfação com o trabalho. 

As TIC permitem que a sala de aula seja estendida e possibilitam o desenvolvimento de sistemas não lineares de ensino, seja por meio do hipertexto e da hipermídia, o que privilegia a aprendizagem por exploração e descoberta. O estudante precisa desenvolver novas habilidades para aprender em contextos informatizados, tais como a capacidade de selecionar as melhores formas de organizar e avaliar as informações. 

O desenvolvimento do pensamento crítico pelos estudantes pede professores com maior autonomia, que não se sintam tolhidos por políticas distanciadas da realidade e exigências autoritárias que primam pelo excesso de normas, burocracia e dirigismo. A gestão educacional para a inovação tem a liberdade, a criatividade e a participação como seus fundamentos. 

 Referências:

Um comentário: